sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Leucipo

   Leucipo de Mileto
(480 - 420 a. C.)
 Físico e filósofo atomista grego, talvez nascido em Mileto, cidade destruída por Dario (494 a. C.), embora alguns creiam que possa ter sido Abdera ou Eléia, considerado o autor essencial da escola eleática, tradicionalmente considerado o mestre de Demócrito de Abdera e, talvez, o verdadeiro criador do atomismo. Praticamente nada é conhecido de sua vida, mas aparentemente realizou muitos viagens e adquiriu uma vasta cultura. Morou em Eléia, onde conheceu a doutrina eleática, e depois em Abdera, onde fundou uma escola que seria o marco da vida de Demócrito. Discípulo de Zenão e Melisso, que, juntamente com Demócrito de Abdera, defendiam o atomismo materialista e determinista. Este fato explica algumas semelhanças entre as doutrinas atomistas e as eleáticas. Segundo Aristóteles e Teofrasto, ele foi o verdadeiro criador dessa teoria e que depois foi desenvolvida e elaborada por Demócrito. Este sistema pregava a existência do mundo como um grande sistema cósmico. Esta teoria marcou o último estágio da ciência grega pré-aristotélica. A tradição lhe atribui a autoria de um único livro intitulado A grande ordem do mundo. Sobre a existência de um segundo livro, que teria se chamado Sobre o espírito, pode ter sido apenas um capítulo da obra anterior. Parece ter falecido em Abdera e segundo alguns biógrafos, do ponto de vista teórico, é possível traçar uma ascendência ao pensamento de Melisso de Samos e Zenão de Eléia.

Modelo atomico de Leucipo e Demócrito

Foi por volta de 400 a.C. que os filósofos Leucipo e Demócrito formularam a sua teoria de como é constituído a matéria. Nessa teoria a matéria era constituída por pequenas partículas que sempre existiram e que seriam indivisíveis: os átomos.
Esses átomos de Demócrito deveriam atender às seguintes condições:
- Os átomos constituiriam toda e qualquer matéria.
- Os átomos seriam qualitativamente iguais, diferindo, apenas, na forma, no tamanho e na massa.
Para Demócrito a grande variedade de materiais na natureza provinha dos movimentos dos diferentes tipos que, ao se chocarem, formavam conjuntos maiores, gerando diferentes corpos, com características próprias.
As ideias de Demócrito e de Leucipo foram apenas retomadas depois da Idade Média.

Fotos














                                                                                                          Demócrito
                                                                                                  

Leucipo e Demócrito

   Leucipo nasceu no século V a. C., segundo Apolodoro, entre 460 e 457 a. C., provavelmente em Mileto. De Leucipo pouco se sabe, tendo-se mesmo chegado a duvidar da sua existência, o certo é que aparece como um dos fundadores, a par de Demócrito (de quem foi mestre), do atomismo filosófico. Foi provavelmente discípulo de Zenão de Eleia. Foi, segundo Teofrasto, o autor de Grande Sistema do Mundo e Sobre o Espírito.
Os átomos são, na doutrina atomista, as partículas últimas constituintes do universo, formado por aglomerados dessas partículas, que circulam no vazio. O átomo foi identificado por Leucipo com o ser e o vazio com o não ser. Tudo é composto por átomos, que se agregam e desagregam e assim dão origem, ora à vida, ora à morte do organismo que formam. O átomo é, segundo a etimologia, uma partícula indivisível; é também eterna, quer dizer, não criada, não sujeita ao nascimento e à morte, ao contrário dos corpos que constitui, que dependem da sua agregação ou desagregação.

ver definição de vazio.
 
   
Demócrito
(cerca de 460-370 a.C.)
Demócrito nasceu em Abdera (colônia jônica da Trácia). Estudioso da matemática e física, teve cultura semelhante à de Aristóteles. Foi discípulo e sucessor de Leucipo na direção da escola de Abdera, é, ao que parece, rival de Platão. Um dos responsáveis por mudanças fundamentais na matemática do século V a.C., inclusive sendo o primeiro matemático da história a estudar a validade dos cálculos infinitesimais na determinação de volumes. Era filósofo grego de Abderas cujas idéias foram muito importantes no desenvolvimento da teoria atômica da matéria. Atribuem-lhe muitas viagens, numa das quais também chegou a Atenas. Mas mesmo assim, nesta cidade, sua filosofia foi ignorada por muito tempo. Ele diz: "Eu fui a Atenas e ninguém tomou conhecimento de mim". Se disse isto, sem dúvida deu a entender que não conseguira causar uma impressão tal como o fizera o seu mais brilhante concidadão Protágoras. Por outro lado, Demétrio de Falerão afirmou que Demócrito jamais visitou Atenas. Seja como for, ele deve ter despendido a maior parte do seu tempo no estudo, ensinando e escrevendo em Abdera. Há informações de que começou a escrever (430 a. C.) várias e notáveis obras, cerca de noventa, hoje desaparecidas, entre elas Sobre os números, Sobre geometria, Sobre tangências, Sobre irracionais, Sobre o pitagorismo, Sobre a ordem do mundo, Sobre ética, etc, restando fragmentos de algumas de conteúdo moral como Pequena ordem do mundo, Do bom ânimo e Preceitos.