sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Leucipo e Demócrito

   Leucipo nasceu no século V a. C., segundo Apolodoro, entre 460 e 457 a. C., provavelmente em Mileto. De Leucipo pouco se sabe, tendo-se mesmo chegado a duvidar da sua existência, o certo é que aparece como um dos fundadores, a par de Demócrito (de quem foi mestre), do atomismo filosófico. Foi provavelmente discípulo de Zenão de Eleia. Foi, segundo Teofrasto, o autor de Grande Sistema do Mundo e Sobre o Espírito.
Os átomos são, na doutrina atomista, as partículas últimas constituintes do universo, formado por aglomerados dessas partículas, que circulam no vazio. O átomo foi identificado por Leucipo com o ser e o vazio com o não ser. Tudo é composto por átomos, que se agregam e desagregam e assim dão origem, ora à vida, ora à morte do organismo que formam. O átomo é, segundo a etimologia, uma partícula indivisível; é também eterna, quer dizer, não criada, não sujeita ao nascimento e à morte, ao contrário dos corpos que constitui, que dependem da sua agregação ou desagregação.

ver definição de vazio.
 
   
Demócrito
(cerca de 460-370 a.C.)
Demócrito nasceu em Abdera (colônia jônica da Trácia). Estudioso da matemática e física, teve cultura semelhante à de Aristóteles. Foi discípulo e sucessor de Leucipo na direção da escola de Abdera, é, ao que parece, rival de Platão. Um dos responsáveis por mudanças fundamentais na matemática do século V a.C., inclusive sendo o primeiro matemático da história a estudar a validade dos cálculos infinitesimais na determinação de volumes. Era filósofo grego de Abderas cujas idéias foram muito importantes no desenvolvimento da teoria atômica da matéria. Atribuem-lhe muitas viagens, numa das quais também chegou a Atenas. Mas mesmo assim, nesta cidade, sua filosofia foi ignorada por muito tempo. Ele diz: "Eu fui a Atenas e ninguém tomou conhecimento de mim". Se disse isto, sem dúvida deu a entender que não conseguira causar uma impressão tal como o fizera o seu mais brilhante concidadão Protágoras. Por outro lado, Demétrio de Falerão afirmou que Demócrito jamais visitou Atenas. Seja como for, ele deve ter despendido a maior parte do seu tempo no estudo, ensinando e escrevendo em Abdera. Há informações de que começou a escrever (430 a. C.) várias e notáveis obras, cerca de noventa, hoje desaparecidas, entre elas Sobre os números, Sobre geometria, Sobre tangências, Sobre irracionais, Sobre o pitagorismo, Sobre a ordem do mundo, Sobre ética, etc, restando fragmentos de algumas de conteúdo moral como Pequena ordem do mundo, Do bom ânimo e Preceitos. 

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